sexta-feira, 14 de março de 2008

Você sabe?

"Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua filosofia"

Algumas coisas nunca saberemos.
Outras de tanto sabermos acabando não sabendo, como por exemplo...alguém realmente sabe por que o por-do-sol é bonito? E a respostas do tipo " é bonito que é um fenómeno da natureza" ou " Ahh as cores as sensações..." não valem pois só remetem a mais perguntas do tipo " Então o que faz um fenómeno da natureza bonito, porque aquelas cores são bonitas?".
Muitas coisas sabemos por instinto... mas como verbalizar? Existe alguma palavra capaz de descrever uma dor? Existe frase que conte, com a mesma intensidade da vivência, um amor de verão?
Algumas coisas nunca saberemos.
Outras sempre saberemos.
Mas as coisas que sabemos se tornam vulgares.
E por saber disso que não deixo você me saber. Você através do fino tecido de meu véu, consegue perceber os contornos do meu corpo e somente com isso acha que me vê. Mas saiba que sou muito mais complexa que uma metonímia. É claro que você poderia puxar meu véu de uma vez... mas sua covardia não permite.
Você nunca reparou que minha não-laconicidade é que me torna lacónica, explico, tudo se resume a pouco, mas, no meio de tudo o pouco não se percebe. Me escondo dentro de você... brinco dentro do seu labirinto.
Note meus olhares e minhas mãos! Note meus silêncios e meu cabelo e não se esqueça de notar o sangue que corre em minhas veias.... Sim eu tenho sangue! Vermelho como a rosa que eu nunca ganhei!
Não se distraia com a filosofia ou com meu decote... tente se distrair com o que requer atenção. Porque ha coisas que nos nunca saberemos... mas ha coisas também que podemos saber

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