quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Avanti

" Eai Marianna quer sair?"
" Ahhh não da to arrumando meu quarto..."
"Mas poxa seu quarto mais parece uma torre de castelo! Não acaba nunca essa arrumação?"

Sim sou uma princesinha.. mas uma princesinha arrumando suas coisas. Ahh Paulinho prometo que assim que acabar a arrumação a gente vai tomar um café e falar besteira, mas é que arrumando meu quarto arrumo a mim mesma... Vejo minhas provas antigas de matematica, provas que me fizeram chorar, provas que me fizeram ter medo e hoje são provas que me trazem uma lembrança calorosa, encontro cartas que escrevi para alguns de meus amores e que nunca entreguei, encontro cartas que recebi... vou encontrando pedacinhos de mim... e tudo vai sendo guardado em seu devido lugar.
Venhamos e convenhamos MEU DEUS QUANTO LIXO EU GUARDEI! Qualquer um que visse minha mochila a alguns meses atras sabe do que eu digo. Tinha tanto papel... toda amazonia devastada estava nas minhas costas, mas agora vou tirando o peso das minhas costas e jogando fora tudo que não me presta.
Estou arrumando também meus livros...decidindo quais vão ficar no meu quarto, quais não vão... Todas essas decisões parecem e são de fato muito simbolicas. No lugar Vazio que agora existe na minha gaveta rosas vão nascer. Foram regadas pelas minhas lagrimas doces enquanto tirava o pó.
O novo rasga o velho. E a minha vida nova rasgou toda minha carne velha..tirou todo meu snague antigo. Agora meu sangue, meu olhar meus musculos são todos novos e estão prontinhos para pisas nesse solo de terra batida a minha frente
AVANTI BRANCALEONE

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Espetáculo

As cortinas estão se abrindo.. devagarinho vou me revelando, meus contornos são revelados ao grande publico, meus contornos são revelados a mim mesma.
Quem é esta pessoa em meu corpo? Este é meu corpo? Quando a única certeza que se tem é que logo mais todas as incertezas se farão presentes o único desejo que me resta é me apresentar a tais incertezas para que assim nos tornarmos conhecidas.
Um novo corte de cabelo...um esmalte diferente a transição da adolescência para a vida adulta, todas essas novidades na minha vida são tão velhas quanto o mundo. Minha juventude já foi do mundo e meus medos foram adquiridos em brechos. O caminho desconhecido que me aguarda tem pegadas, isto porem não me ajuda, afinal como saber se estes passos me levam ao caminho certo? Aliás como saber se existe um caminho certo? Em minha arrogância adolescente digo "As coisas estão além do bem e do mal! Não existe caminho certo ou errado" mas a noite choro encostada no meu travesseiro com medo de errar.
Quando eu era criança minha mãe me levava para passear pela mão e dizia " Cuidado marianna! Isso não pode! É perigoso" mas agora ela soltou minha mão... Quem agora me leva pela mão agora é a solidão. E ela só me solta quando o vento me traz, não sei da onde, conselhos, declarações e avisos...
O vento esta em todo lugar, o vento vê tudo e sendo assim como posso confiar em quem vê tudo? Quem vê tudo não enxerga o mesmo pouco que eu e não sente as dores que o pouco traz sendo assim o vento esta apto para me aconselhar?
Mais uma incerteza....e lentamente as cortinas vão se abrindo e meus contornos vão tomando forma...

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Desabafo

Ainda me lembro do meu primeiro dia de aula. Da menina sentada no banco de trás do carro perguntado "Mamãeee como é mesmo o nome da minha professora? " " Mamãee ela tem cara de brava?" Ainda sinto o cheiro daquela sala de aula, Jardim F, ainda me lembro da textura do giz de cera e do cheiro da canetinha. Mas são só lembranças...
Me lembro de brincar de pega-pega no pátio e ter a árvore ( que hoje é papel de parede do meu celular) como pique. Como então poderia me esquecer da lancheira da monica? E me lembrando dela é automático lembrar de que batia nas pessoas com a mesma, CALMA! Não me chamem de louca batia porque me chamavam de: Big Nose, Mari-bruxa, Mingau, Oliva palito e muito outros.
Me lembro de combinar com um amigo que nunca íamos fumar ( ultima vez que eu o vi ele estava acendendo um cigarro e me perguntando se eu tinha LSD), Me lembro de tantos outros amigos para que eram para sempre e que de eternos só resta a lembrança.
Me lembro de umas amigas que se diziam leais....mas dizer... bem as palavras voam ao vento. Me lembro da traição delas, me lembro de ver o veneno escorrendo pelo canto da boca que antes tinha me beijado.
É com saudades eternas que penso no meu (praticamente) primeiro namorado... ele era doce, carinhoso, campeão de basquete, gastava horas falando de filosofia comigo. É com raiva que penso nele hoje...vendo drogas e fazendo pequenos furtos.
Lembranças são como cheiros... existe! Você sente..mas não pode tocar... mas não pode segurar.
Eu sinto falta de tudo aquilo, meu desejo de voltar ao pátio da escola transcende minha pele. Minha alma neste momento esta sentada na primeira carteira ouvindo a professora contar sobre a Revolução Francesa.
Malditos grilhões que me prendem ao meu corpo... não me deixam voar para onde quero! Com minhas lágrimas penso em fazer um rio... e com meu barquinho ir navegando até chegar a terra de minhas memorias.
É com saudades e amor que guardo minhas lembranças do colégio que amei e onde amei e para sempre amarei

domingo, 27 de janeiro de 2008

Estou tão confusa... tão perdida que nem ao menos consigo escrever..
para que lado eu devo seguir?
Cometo um erro mesmo sabendo que é um erro...
por que??
realmente preciso de alguem que me tire de mim mesma

Volta

De volta a São Paulo...
De volta a minha cama... de volta a mim.
E foi reentrando em mim que me perdi.
Sou um Labirinto... e dentro me deparo comigo: O minotauro.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Sou uma PROSTITUTA

Sou uma prostituta.
Denuncio aqui meu pecado.
TRAIÇÃO!
Fui infiel... e tudo isso par obter prazer.
Agi como uma prosituta... INFIEL
SUJA?
Mas a traição em nome do amor...
Eu amo o prazer... e por ele trai.
Trai minha escrita..
sento-me agora a beira de computador qualquer para postar no blog e esta é a traição.
Não faço cerimonia. Me abro, me descubro, me desnudo, escrevo... escrevo A...B...C...D...E
Como uma prostituta, uma amante infiel que se deita em busca de um orgasmos eu me sento em uma Lan para escrever.
Messalina!!!! Sou a Messalina das palavras.
Ninguém entendeu Messalina... e ninguém entende o prazer que sinto ao ver as letrinhas que digito tornarem-se palavras....
Paguei pelo Motel.... 3 reais meia hora...
Tentando arranjar alguma intimidade com a maquina antes de tirar a roupa e abrir minha alma... li e escrevi alguns, abri meu orkut e deletei spans...
Espero que meu querido computador me perdoe! Era caso de vida ou morte.
Só respiro quando escrevo e Só inspiro quando leio, no resto do tempo sou uma criança prendendo a respiração dentro da agua...
Vamos lá então! Prender a respiração porque o tempo vai acabar..
UM...DOIS TRÊS...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Meninas e Meninos

Meninas de um lado da praia.
Meninos do outro lado da praia.
Meninas sorrindo fofocando.
Meninos jogando futebol.
Meninas querendo meninos.
Meninos querendo meninas.
Então por que meninas de um lado da praia?
Então por que meninos do outro lado da praia?
O desejo esta no ar... irradiado pela brisa do mar todos sabem que:
Ela quer ele e que ele quer ela...
Eu quero ele e ele me quer...
Mas por que então essa ar blase? Por que não chutamos a areia e corremos para o que queremos?
Todo esse desejo de quer ser desejado sem desejar só atrapalha...
TIRE A MASCARA e vá conversar com as meninas...
Por que não passar o telefone?
NÃO! Imagine! Assim ele vai saber que você é uma garota normal e gosta de um garoto!
"Não olha para aquele lado.. ele ta olhando"
Por que corremos no sentido contrario ao nosso desejo?
Por que achamos que sendo difíceis e nos afastando do que queremos vamos conseguir?
Quanto beijos não foram perdidos por isso?
Quantos romances acabaram por que " ele no pode saber que eu gosto dele?"
Meninas querendo meninos
Meninos querendo meninas...
mas NINGUÉM pode saber tá?

domingo, 13 de janeiro de 2008

Em Riviera as pessoas caminham na praia

Adoro a água do mar. Adoro o Sol da praia...
As pessoas passam por mim na praia... caminham.. vão para longe se afastam com coragem.. nem ao menos olham para trás. Contemplam apenas o mar, com admiração, e caminham. Mas de repente elas voltam! Quando saiam seu objetivo era voltar depois. Triste caminhada descontraída... passos desperdiçados...
Mas então não é essa mesma a liberdade? Liberdade não é poder fazer o que se quer e não se importar com nada?
Não encontramos a liberdade em nos mesmos... Não fazemos as coisas porque julga mo-las idiotas, inúteis, profanos, sem pudores... e não nos envergonhamos por tais conceitos afinal.. é culpa da sociedade que rotula as coisas.. mas NOS SOMOS A SOCIEDADE! Nos rotulamos as coisas e nos prendemos a valores vazios...
É errado mentir? POR QUE? Acreditamos nas coisas sem entende-las sem pensar no por que... Somos nossos carrascos.. aceitamos as coisas mastigadas e em preto e branco e ainda obrigamos outros a seguirem isso também.
As coisas não são boas ou mas... as coisas são as coisas... nós dizemos que as coisas são boas ou más. É errado roubar? "Claro" mas e se for para acabar com uma fome que nos devora por dentro e arranca a vida a dentadas? É errado matar? " Claro" mas e se for em legitima defesa? O mundo não é plano como como uma mesa.. o mundo é um prima e tudo se reflete em vários ângulos..
mas que a praia é linda.. ah isso é...

sábado, 12 de janeiro de 2008

de ferias!!

Agora são duas e meia da manhã. Agora é uma das horas que precede a a viagem, também uma hora das horas que precede minha morte, meu próximo beijo e minha próxima lágrima, mas, vamos nos focar certo?
Logo mais Riviera, mar tocando meu pé.. agua fria gelando minha pele, ondas roubando beijos, salgados, cheiro de maresia entrando pelo meu corpo e lavando meus horizontes. Logo mais Riviera, casa estranha, areia escaldante queimando meu pé, me fazendo pular, me fazendo correr em direção aos meus sonhos, noites sem planos, planos sem futuro.
É na praia que o Sol morre. É dentro da água do mar que eu nasço, e de dentro de mim que água do mar sai... Estrelas iluminando meu porto seguro, o céu.
As vezes bate uma brisa na praia e areia entre nos meus olhos e sem ver o mundo vejo a mim. Ai então sinto falta do beijo que recebi, das amigas que foram picadas pela cobra e viraram víboras, sinto falta da árvore no pátio do Colégio, sinto falta do escuro do hall de entrada da minha casa e sinto falta de mim, ou melhor do que eu era...da menina boba que fui, da menina chorona mas sempre alegre... mas logo eu abro meus olhos de novo e dessa vez recuperada pelas lágrimas que soltei e olhos a minha frente: RIVIERA

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

SHIUUU!!!!!!!

Vem... vem silencio..
Silencio me abrace! Me protege!
Quando o mundo se resume ao silencio eu consigo me escutar
O silencio me protege das injurias cruéis que o vento traz
O silencio me protege das juras de amor que tentam chegar aos meus ouvidos ...
Nada existe quando o silencio se senta ao meu lado, exceto eu.
Me torno soberana e sudita do meu mundo...
E então sinto em meu rosto algo estranho.. não são as lágrimas tão costumeiras...
Sinto um sorriso... nada pode me afetar se nada pode me alcançar!
Me beije silencio! Invada meu corpo e faça parte de mim...Me abrace
ME ABRACE ME ABRACE ME ABRACE... vem... nunca mais me solta silencio!
Ninguém poderá nos achar, ninguém poderá me machucar!
Você me protegerá todas as noites de meus pesadelos...
Você me protegerá de mim mesma... e dos outros..
Me beije! Agora! Vem!! Mais forte....
Vem.... vem silencio!
Você é a lucidez! Você é a única razão que existe.. pegue na minha mão... e me torne racional também...faça carinho em mim até eu dormir.. me abrace e me embale!
Fica sempre atento a mim.. me olhe nunca para de me olhar...
me proteja de noite e de dia..
Quando você esta perto de mim... é tudo tão mais tranquilo!
Palavras não podem me atingir... venha comigo para sempre

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Dama da Noite

Ele estava andando ao lado dela. Caminhava ao seu lado e sabia que a protegia, mas sabia que a protecção que exercia sob ela era na verdade em troca da protecção que aquele ato oferecia para ele. Protegendo-a protegia sua masculinidade, aquele era um dos poucos momentos em que ele era de fato homem.
Namoravam a meses, e se no começo ela se sentia mais bonita, mais desejada e se no começo seus seios pareciam maiores e sua cintura mais fina e portanto mais mulher agora ela já não o era! Ou melhor, era, mas essa palavra mulher tinha seu sentido modificado por um adjunto que era: minha, na boca dele, sua, na boca dela, dele na boca dos outros. Quando se arrumava ela fazia para que a sentissem bela.
Mas naquele dia, talvez porque ela estivesse com frio e isso a deixasse de mal humor, ou pode até ter sido porque era domingo e isso fazia-a sentir um gostinho de fim.. o motivo de qualquer jeito não importava, o que importava era que ela queria ser mulher e somente mulher. Ele precisava ser com mais frequência homem. Ela então parou naquela esquina onde já haviam dado tantos beijos e noites mais agradáveis do que aquela, arrumou o cabelo colando-os atrás da orelha, respirou fundo e levou a mão a cintura. Ele a olhou sem vontade, mas por força do habito a abraçou, ela não queria mas não podendo resistir ao cheiro, ao calor e ao seu instinto animal o beijou.
- Amanha nos falamos bebe?
- Amanha? Hoje! Sempre!
Cada um foi para seu canto. Cada um com o gosto do outro na boca, enquanto se afastava dele, já próxima ao portão de seu prédio ela respirou fundo mais uma vez então nesse momento talvez tenha sido o cheiro da dama da noite que adentrou seu corpo e lavou sua alma com o frescor da agua mais pura da cachoeira mais limpa e então alguém de 1,80 de altura, de braços fortes de mente alerta e de dentes brancos passou. E o cheiro de dama da noite com o brilho do olhar daquele alguém a transformou em mulher, de fora para dentro e dentro para fora.
-Ola, noite bonita não?
-Muito...
Ela e ele nunca mais se viram, e não poder algo que antes podia e não poder algo que ele tanto queria gerou dor. E sua carne apodreceu e serviu de adubo para que uma nova planta crescesse nele e enfim o tornasse homem. Ele se tornou homem, e ele era homem então até mesmo quando andava na rua sem ninguém para proteger.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Esta chovendo. Estou imersa, me afogando, dentro do grande labirinto que tem como parede as dimensõe do meu corpo. Um momento de duvida. Duviada esta gerada por uma das poucas certezas que possuo.
O que fazer quando existe dois caminhos a serem seguidos? A logica é escolher um deles... mas como? "minha mãe mandou eu escolher esse daqui..." Cada caminho apresenta seus problemas e suas vantagens e a questão não é simplesmente qual problemas são piores ou quais vatangens eu prefiro a questão vai muito além disso. A questão é que um caminho que eu escolher fara parte de mim. Suas pedras, são rosas e sua água serão minhas.
droga preciso ir almoçar

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Quimica

" Se essa rua se essa rua fosse minha, eu mandava eu mandava ela brilhar. Com pedrinhas com pedrinhas de brilhantes para o meu para o meu amo passar...
O anel que te me destes era vidro e se quebrou.O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou"

Onde está aquele amor? Onde esta aquele suspiro? Onde foi parar a confiança? Por onde anda aquele sentimentos gostoso que sentia toda a noite ao deitar minha cabeça no travesseiro?"
DESAPARECERAM....
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Desaparecido onde esta? Não me responda que esta aonde desapareceu pois já procurei dentro de mim e não esta..
O que desaparece começa a fazer parte do todo, ou dizendo seu sinonimo do nada. O amor que no passado senti esta hoje naquela flor cor de rosa que vejo da minha janela, o sonhos que alguém perdeu são hoje a cor verde dos meus olhos.
O que se perdeu não existe mais... e essa não existência é o principio de sua nova existência. A perda só é completa quando já não ha memoria, já não ha evidencia física... a perda só é concreta quando o objeto não se transforma.. mas então me lembro da aulas de química e termino meu post dizendo
" Na natureza nada se cria, na se perde, tudo se transforma"

Viboras

Cheguei em casa... entrei em meu quarto, abri minha janela e deixei o ar novo penetrar. Meu quarto então como organismo vivo que quase é voltou a respirar.
Deitei em minha cama e fui sentindo a frescura do novo ar em meu corpo. Me despi coloquei um vestido mais confortavel, tirei o Harry Potter da mala, lhe dei um beijo e coloquei sob meu travesseiro.
Liguei meu computador...comecei a ler algumas coisas e como se eu tivesse comido uma bala estragada um gosto amargo e caustico se apoderou de mim. TRAÍDA! lembrei então da traição que vivi. As víboras traidoras sorrindo! Eu não sabia que uma víbora sorria, muito menos três! Mas um dia morrerão com seu próprio veneno. O karma, a lei do triplo, eterno retorno do mesmo, justiça divina.. não importa o nome, elas mancharam seu futuro com meu sangue. Sinceramente não sinto ódio.. não odeio as víboras que me abandonaram... a morte chega para todos. Sei que não fiz nada para merecer isso...mas sei que um dia elas receberão o que merecem... mas no final sinto PENA delas... sei que deveria desejar o mal mas não consigo.. só sinto PENA delas! Como são patéticas meu deus! Essas irmãs cajuzeiras! Poverinas! Bebem o veneno uma das outras!
Todos me incitam a vingança... mas só sinto pena da víbora que alimentei com minhas mãos... crie víboras e seja picada...