terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Carrasco e Vítima

Esses dias caminhava por um corredor muito comprido e escuro. Caminhava cantarolando uma música qualquer e respirando, foi então que de relance vi o meu pior inimigo, foi então que de relance eu vi um espelho.
Sou minha maior carrasca e minha maior vitima. Minhas lágrimas são derramadas por mim e secadas por mim mesma.
Por que dentre todas as ações que poderíamos fazer, dentre todas as palavras que poderíamos proferir sempre escolhemos aquelas que hão de causar a maior dor? Navegar é preciso, e alguém precisa criar um mar.
Ah...se sempre jogamos tudo fora por que lutamos tanta para conseguir? Sonhamos e sofremos para vencer, mas depois fazemos questão de perder. Tornamos e jogamos nossa sorte pelo chão e então enfurecidos, sem conseguir enxergar, culpamos Fortuna. Não é possível.... como é possível que tenhamos um comportamento tão labiríntico?
O que mais resta? Por quanto tempo mais isso restará? O homem é capaz de morrer por uma utopia, mas se não morre e consegue realiza-la mais dia menos dia ira mata-la.
Qual seria a graça em construir castelos de areia se depois não pudéssemos destrui-lo? Será que quase nos matamos para ficarmos mais fortes para um possível ataque futuro? Não... acho que a mente do ser humano é incapaz de ir tão longe.
Devemos cortar o mal pela raiz? Devemos tentar para com isso? Ou devemos tomar um café quente e falar sobre a nevasca em Nova York?
Cortar o mal pela raiz é muito paradoxal nesse caso, afinal para cortar o mal pela raiz devemos nos destruir, mas se nos destruirmos estaremos fazendo mal a nós mesmo....
Para que tentar parar com isso? Para que mentir? Ainda não é primeiro de abril....
Eu não gosto de café, mas as vezes tomo. É preciso acordar é preciso continuar, afinal quem não perde não ganha.....

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